quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Amorfoses.

Às vezes a minha maior vontade é ser o amigo que você nunca teve.
Nessa mesma hora me bate aquele desejo de te possuir por inteiro, de te ouvir gritar.
Quando me dou conta, percebo que estou apaixonado. E eu te amo.
Sim, por isso eu te odeio. Amor e ódio, eu já disse, são faces da mesma moeda.
E tudo o que eu queria é que você sumisse da minha vida tão repentinamente quanto entrou - e parece que nos conhecemos há tão mais do que nos conhecemos...
Eu gostaria de sumir da minha vida - e te trancar para sempre nas minhas lembranças para não me esquecer de você.
Às vezes a única solução que eu vejo para mim é a morte. Eu mesmo não sei se nasci para viver muito tempo. Toda a minha angústia talvez seja apenas um sinal de que eu não nasci para durar. Angústia enorme por coisa nenhuma. Coca-cola num gole só.
E eu que queria viver...
Queria morrer...
Choro.
E rio. E choro. E morro. E vivo (morto)...
Tudo acontece ao mesmo tempo, num intervalo, numa canção.
Tudo sem filtro.
Eu querendo tudo, tanto, thais...
Silêncio.
Sem ar.
Silêncio.

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