sábado, 30 de abril de 2011

30 de Abril de 2010.

"...en todo caso, había un solo túnel, oscuro y solitario: el mío".

(O Túnel, Ernesto Sábato)

Severinos.

No centro da sala,
diante da mesa,
no fundo do prato,
comida e tristeza.
A gente se olha,
se toca e se cala
E se desentende
no instante em que fala.

Cada um guarda mais o seu segredo,
sua mão fechada
sua boca aberta
seu peito deserto,
sua mão parada,
lacrada,
selada,
molhada de medo.

Pai na cabeceira: É hora do almoço.
Minha mãe me chama: É hora do almoço.
Minha irmã mais nova, negra cabeleira...
Minha avó me chama: É hora do almoço.

...E eu inda sou bem moço
pra tanta tristeza.
Deixemos de coisas,
cuidemos da vida,
senão chega a morte
ou coisa parecida,
e nos arrasta moço
sem ter visto a vida
ou coisa parecida aparecida

(Hora do Almoço, Belchior)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Receita para se fazer um herói.

- X trabalha como um bode velho lá do outro lado. A gente seria capaz de de passar 30 anos ali, cada um em seu lugar, sem trocar ao menos uma única palavra.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Verbo viver.

Eu Bajulo
Tu Bajulas
Ele Bajula
Nós Bajulamos
Vós Bajulais
Eles Baujulam
E ai de quem não bajula!