sexta-feira, 30 de abril de 2010

Uma idéia.

Tudo está melhor agora que o mundo acabou lá fora e a gente vai poder reinventar a roda de bom humor.

(A Reinvenção da Roda, Violins)

terça-feira, 27 de abril de 2010

Desejo.

Uma vez na vida eu gostaria de ser salvo deste pesadelo.

sábado, 17 de abril de 2010

A recíproca é verdadeira.

When someone loves you very much
You're fucked

(Skeleton Man, Evangelicals)

terça-feira, 13 de abril de 2010

Um trecho.

Ninguém explodiu em mil
Milhões de vezes
Ninguém morreu e nasceu diversas vezes
Como eu
Ninguém!

(Fluorescente, Violins)

domingo, 11 de abril de 2010

sábado, 10 de abril de 2010

A virtude do amor...

...é a possibilidade do auto esto-esquecimento.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Ciorando (14).

É preciso uma considerável dose de inconsciência para entregar-se sem reservas a qualquer coisa. Os crentes, os apaixonados, os discípulos, só percebem uma face de suas deidades, de seus ídolos, de seus mestres. O entusiasta permanece inelutavelmente ingênuo. Há sentimento puro onde a mescla de graça e imbecilidade não se traia, e admiração devota sem eclipse da inteligência? Quem entrevê simultaneamente todos os aspectos de alguém ou de algo permanece para sempre indeciso entre o arrebatamento e o estupor. Disse que qualquer crença: que fausto do coração — e quanta ignomínia por baixo! É o infinito sonhado em um esgoto e que conserva, indeléveis, sua marca e seu fedor. Há um notário em cada santo, um quitandeiro em todo herói, um porteiro no mártir. No fundo dos suspiros esconde-se uma careta; aos sacrifícios e às orações misturam-se os vapores do bordel terrestre. Consideremos o amor: há expansão mais nobre, arrebatamento menos suspeito? Seus estremecimentos competem com a música, rivalizam com as lágrimas da solidão e do êxtase: é o sublime, mas um sublime inseparável das vias urinárias: transportes vizinhos à excreção, céu das glândulas, santidade súbita dos orifícios... Basta um momento de atenção para que essa embriaguez, abalada, nos lance nas imundícies da fisiologia, ou um instante de fadiga para constatar que tanto ardor só produz uma variedade de ranho. O estado de vigília altera o sabor de nossos arroubos e transforma quem os sofre em um visionário pisoteando pretextos inefáveis. Não se pode amar e conhecer ao mesmo tempo, sem que o amor padeça e expire sob o olhar do espírito. Investigue suas admirações, perscrute os beneficiários de seu culto e os que se aproveitam de seus abandonos: sob seus pensamentos mais desinteressados descobrirá o amor-próprio, o aguilhão da glória, a sede de domínio e de poder. Todos os pensadores são fracassados da ação que se vingam de seu fracasso por meio de conceitos. Nascidos aquém dos atos, os exaltam ou os menosprezam, conforme aspirem ao reconhecimento dos homens ou à outra forma de glória: seu ódio; elevam indevidamente suas próprias deficiências, suas próprias misérias à categoria de leis, sua futilidade ao nível de princípios.

O pensamento é uma mentira, como o amor e a fé. Pois as verdades são fraudes e as paixões, odores; e, no final das contas, a escolha está entre o que mente e o que fede.

(Breviário de Decomposição, Emil Cioran)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Eu te avisei...

Todas as nossas bobagens têm consequências.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Em busca da ataraxia.

A ingenuidade de ainda acreditar talvez seja o maior de todos os meus (numerosos) equívocos.

Dos sonhos.

Eu queria minha vida de volta.

Ah sim...

... : o coxismo não tem limites.

Termômetro.

Cada parte do meu corpo é um outro eu do qual eu não tenho nenhum controle.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Registro.

A vida é engraçada! Quem quer apostar?

k.

k = agir x pensar

Conclusão: a pedra é a filosofia em estado bruto.

Da sabedoria alheia.

Em algum nível a gente tem que ser realista, mesmo que em um sonho.

A charada.

Qual a diferença entre o acaso e o descaso?

Prova ontológica.

133 : 3

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Minha vida severina.

Minha vida é como o sertão nordestino. O ano inteiro é marcado pela seca, pela estiagem. Em compensação, quando a chuva aparece é temporal: inunda tudo o que restou.