Nunca gostei muito de ler. Nasci nos tempos da televisão, da internet, do video-game. As prosas modorrentas, cansativas, enormes. O mesmo desânimo. Quando eu abro um livro a primeira coisa que eu faço é contar o número de páginas. 'Pqp, 330 páginas...'.
Só que nesses últimos tempos algo se modificou. Consegui ler um livro de 300 páginas sem sequer ficar olhando no rodapé. Fluiu. Já estou na metade de outro livro com quase trezentas páginas e li de uma sentada só. Sem desânimo, sem angústia.
Claro que existe uma razão para isso tudo. A mesma que me motivou a escrever esse blog. A impressão que eu tenho quando leio essas prosas é a de que eu consigo entender melhor o que se passa na sua cabeça, Thais. Parece que nesse momento de leitura eu consigo ficar um pouco anestesiado. É como se, sem você se dar conta, eu conseguisse me aproximar não apenas do meu íntimo, como também do seu. Uma das suas facetas vai ganhando mais contraste, mais contorno, mais relevo; fica um pouco mais evidente.
Tudo que eu queria nesse momento, Thais seria sintir ódio de você. Pegar todas as suas contradições e condensa-las de modo a me fazer destruiur o que eu sinto por você. Só que, paradoxalmente, a única coisa que recai sobre a minha mente - mesmo sabendo que não se trata disso - é a culpa. O amor não tem absolutamente nada de racional. Ele cria subterfúgios, justificativas. O saber não importa. É sempre uma lacuna.
Posso estar errado, mas o tipo de mulher que eu gosto é inacessível a mim, é feito para me fazer sofrer. É tão complexo, tão insegúro, tão incoerente, tão volúvel que acaba se tornando uma alegoria.
Será que eu amo, na verdade, o sofrimento, o impossível, o não-ser, o inconcreto? Será que na fantasia de amar o outro eu não amo, na verdade, a mim mesmo?
Fato é que, apesar dos pesares, eu não consigo deixar de gostar da Thais. Deve ser masoquismo mesmo.
Só que nesses últimos tempos algo se modificou. Consegui ler um livro de 300 páginas sem sequer ficar olhando no rodapé. Fluiu. Já estou na metade de outro livro com quase trezentas páginas e li de uma sentada só. Sem desânimo, sem angústia.
Claro que existe uma razão para isso tudo. A mesma que me motivou a escrever esse blog. A impressão que eu tenho quando leio essas prosas é a de que eu consigo entender melhor o que se passa na sua cabeça, Thais. Parece que nesse momento de leitura eu consigo ficar um pouco anestesiado. É como se, sem você se dar conta, eu conseguisse me aproximar não apenas do meu íntimo, como também do seu. Uma das suas facetas vai ganhando mais contraste, mais contorno, mais relevo; fica um pouco mais evidente.
Tudo que eu queria nesse momento, Thais seria sintir ódio de você. Pegar todas as suas contradições e condensa-las de modo a me fazer destruiur o que eu sinto por você. Só que, paradoxalmente, a única coisa que recai sobre a minha mente - mesmo sabendo que não se trata disso - é a culpa. O amor não tem absolutamente nada de racional. Ele cria subterfúgios, justificativas. O saber não importa. É sempre uma lacuna.
Posso estar errado, mas o tipo de mulher que eu gosto é inacessível a mim, é feito para me fazer sofrer. É tão complexo, tão insegúro, tão incoerente, tão volúvel que acaba se tornando uma alegoria.
Será que eu amo, na verdade, o sofrimento, o impossível, o não-ser, o inconcreto? Será que na fantasia de amar o outro eu não amo, na verdade, a mim mesmo?
Fato é que, apesar dos pesares, eu não consigo deixar de gostar da Thais. Deve ser masoquismo mesmo.
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