Well I say it's just smoke
So you say it's the hair of ghosts
So I say it's the white hair of Poseidon
Ebbing in the tide in some dead sea
So you say it's some Shroud of Turin
And the sun wore it white and the earth wore it thin
Or the sun wore it white and His faith wore it thin
Unraveling heavenward
It's saddled to tiny birds
Or other such winged things
Either way they are struggling
Either way they are miniature
Either way they're invisible
But either way they're confused
As Hell would have them
And the pattern of flight is chaotic and blind
But it's right cause chaos is yours and it's mine
And chaos is luck and like love and love blind
The pattern of flight is chaotic and blind
But it's right cause chaos is yours and chaos is mine mine mine mine
And chaos is love and they say love is blind
But they're subject to hating us
Oh, just like the rest of us
Oh, we're just like the rest of us
They need the rest of us to stay alive
So thats not where confusion lies
That's not where illusions to the fact that the truth is just smoke in your eyes
Does lie
Confusion lies in which other wicked things do lie with
Confusion lies in which other wicked things do lie with
And chaos is yours
And chaos is mine
And chaos is love and they say love is blind
So I say oh I see now it's just smoke
So I say oh I see now it's just smoke
Oh I say oh I see now it's just smoke
Oh I say oh I see now it's just smoke
(Winged/Wicked Things, Sunset Rubdown)
sábado, 31 de maio de 2008
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3 comentários:
belos trocadilhos e paradoxos, Guilherme.
levei um susto absurdo ao ver meu nome num dos posts, ao ler tuas perguntas à queima-roupa; devo responder? rs. foi despretensioso meu comentário, não merecia desdobramentos.
apesar de ter as respostas que pediu, fico pensando que elas são tão minhas, tão relativas e pessoais (egocêntricas?) que pouca diferença faria citá-las.
ok, direi que: que o caos me cansa, assim como a paz; ambos são como os lados da gangorra, um precisa do outro pra existir. no ponto-médio flutuante entre os dois extremos me situo, ora subindo, ora descendo, e nada disso parece fazer sentido nenhum - talvez nem tenha. prefiro não ter a estabilidade de uma escolha definitiva entre a paz ou o caos, porque nenhum deles é realmente alguma coisa fixa. e se existir, e é claro que existe, algo além desses dois, pode acreditar que é atrás disso que eu vivo. :D
outras considerações:
- sim, conheço Caio, tudo o que você postou. ele é meu analista de cabeceira. hehe já leu 'O Ovo Apunhalado'? o prefácio é incrível. mas meu preferido ainda é 'Os Dragões Não Conhecem o Paraíso' (o livro, não o conto).
- não sei esperar. nem a suposta salvação eu espero. 'nunca ninguém se perdeu / tudo é verdade e caminho', diria Pessoa. os inesperados são minha cura... me iludo e me desiludo com a mesma facilidade, minhas expectativas quase sempre desmoronam e isso significa esperar o menos possível o que muito provavelmente não virá. apesar disso, sou otimista, confiante e baixo a guarda com freqüência. não tente entender... antíteses sempre foram o meu ramo, e isso não significa que eu viva em desespero.
- muito bom o post anterior seu. a espera permite ver a beleza mais sutil das coisas, o que há de mais profundo nelas; mas boa parte do sentido se revela durante o processo de uma ação, não? ninguém nasce sabendo, apto a apenas observar. nenhuma espera é auto-explicativa, e agir também é parte da realização real. equilíbrio é a chave, você mesmo citou! solve et coagula, diriam os alquímicos.
bom, é isso, escrevi demais, viajei deveras, haha. obrigada por sua postagem no LP... achei gentil.
boa sorte com seu caos... quando ele estiver muito forte, lembre-se de que é tudo uma questão de interpretação, e existem outros lados dele que não doem.
=*
Olá Cintia! Bom te 'ver' novamente por aqui!
Pois bem, menina, dessa vez espero não lhe assustar tanto! Mas ainda assim tenho algumas 'ponderações' a fazer sobre a sua mensagem, afinal, você toca em algumas questões que eu acredito ser bastante interessantes.
Primeiro vou 'começar pelo início': seu susto. Melhor: sua despretensão. Tem duas coisas principais que eu gostaria de lhe dizer a esse respeito. A primeira delas é que eu não acho que ela foi tão despretensiosa assim. Digo: por mais que você talvez não esperasse que eu fizesse o que eu fiz, acredito que se você resolveu de alguma maneira se manifestar é porque além daquele conteúdo ter feito algum sentido para você - e não importa aqui discutir o porquê - de alguma maneira você queria encontrar algum tipo de diálogo. Nem todo mundo está disposto a estender as questões. Muitas vezes, por comodidade, a gente simplesmente tende a deixar na superfície o que não nos interessa muito. Passa despercebido. E é aí que entra a minha segunda questão a este respeito: 'eu sou um escravo dos detalhes'. Essa frase é tradução de um trecho da Leif Erikson, do Interpol. Mas fato é que eu tendo a olhar para onde ninguém vê. E acho que na sua fala, por mais que enigmática de alguma maneira, havia muito a ser esmiuçado. Havia questões bacanas de se pensar; matéria-prima das boas. Talvez o meu jeito de alguma maneira tenha soado arrogante por ser incisivo, direto demais. Mas não era esse o meu objetivo. O meu objetivo era justamente te chamar para dialogar, confrontar pontos de vista. Afinal, o blog, por mais que tenda a ser uniletaral, afinal, minha voz de alguma maneira é mais destacada, permite uma abertura maior pro contato. Sendo assim, eventualmente me ocuparei em discutir, ainda que no espaço dos comentários, as mensagens que a mim forem destinadas, ok? Só o fiz em forma de post dessa vez porque eu achei legal compartilhar isso num espaço maior.
Vamos continuar então. Acho que pelo fato de suas respostas as minhas perguntas serem pessoais elas me interessam tanto. É ai que tá a diferença! Saber ouvir e se posicionar. Você pode não concordar com tudo que eu digo, nem eu eventualmente posso concordar com o que você diz, mas à medida que a gente põe isso a tona a gente se permite repensar nossos pontos de vista. É legal sair um pouco de dentro da gente e entrar no universo do outro, mesmo que de maneira simulada. É bom reconhecer possibilidades distintas de se entender a vida.
Sobre o caos e a paz, eu concordo com você: não há um maior ou melhor do que o outro. Fato é que a gente quer tudo ao mesmo tempo e as duas extremidades quando vividas por muito tempo cansam. A gente quer chegar na paz através do caos e chegar no caos através da paz; fica alternando estes momentos sempre. Reclama do caos mesmo querendo ele e buscando ele; reclama da paz mesmo querendo ela e buscando ela. Mas ainda assim vejo a paz mais como uma meta, porque no limite ela nos levaria ao tédio; ao passo que é realmente muito difícil viver uma vida totalmente caótica, porque machuca muito, embora a gente também goste da dor, por mais que não costumemos admitir. Sobre isso, acabei de me lembrar de uma das letras mais bonitas do Beto Cupertino, do Violins, chamada OK OK:
Sobrou pra mim
A felicidade sempre ofende
Mas tristeza demais cansa
Que se fodam os ofendidos
Então respira mais que eu respiro mais.
Ok Ok.
***
É exatamente por conta de questões como essa que você coloca que eu gosto tanto de construções como antíteses e paradoxos, justamente porque elas complexificam e explicam melhor as coisas. Ninguém é uno. A gente sempre está entre polos, é um pouco de todas as partes que compõe o todo. É bom e mau ao mesmo tempo, em circunstâncias diferentes, segundo pontos de vista distintos. Não a toa eu também sempre uso esses recursos em meus textos até por achar que no limite das dualidades, seus pólos se encontram; até por não saber precisar o que eu sinto ao certo.
No fim das contas o caos é a paz e a paz é o caos. E não tem nada de absurdo - ou talvez tenha tudo de absurdo - nisso.
Prossigamos mais um pouco.
Sobre o Caio, apenas agora há pouco tempo ele começou a fazer sentido para mim. Também não posso o dizer que o conheça há muito: meu primeiro contato foi no final do ano retrasado. Mas acho que no fim das contas só por agora que eu começo a gostar mais de prosas e o jeito dele escrever me fascina muito por ser sincero, explosivo demais. Num dos livros dele alguém o chama de 'pré-blogueiro' e eu concordo plenamente com isso, por conta exatamente desse sangue que ele coloca nos textos, mas que em vez de soar piegas soa confessional. E é ai que tá o 'x' da questão: gosto de coisas confessionais; de textos em que eu me enxergue dentro dele. E ele e a Clarice, na prosa (que é quase 'uma poesia') conseguem perfeitamente esse encaixe comigo. Algo forte que pra mim tem o maior expoente no Fernando Pessoa, sobretudo no Álvaro de Campos. Aliás, embora eu quisesse ser o Caeiro, viver aquela vida dos sentidos, eu não consigo deixar de ser um Álvaro de Campos. Quando eu leio o Campos parece que estou me encontrando em meio a toda aquela perdição. Aquilo ali sou eu, sobretudo na fase mais desiludida dele. Opiário, Tabacaria, o poema que ele fala da Estrada de Sintra, Aniversário... Sem palavras. Fernando Pessoa pra mim é o grande gênio da lingua portuguesa. Adorei quando você o citou! Inclusive, não conhecia esse trecho.
Agora passemos a 'espera'. Eu espero muito. Muito mesmo. Não consigo desvincular vida de expectativa. São duas coisas que para mim nasceram grudadas. Só que eu posso te dizer que a espera é sempre negativa: a promessa é maior que a realidade. Sempre nos frustra. Ou por não acontecer ou por acontecer sem nos dar o retorno que esperávamos. Sobre isso eu digo a você o que eu digo a maioria das pessoas com quem falo a este respeito: as melhores experiências da minha vida foram aquelas que eu jamais consegui prever. São as surpresas. Porque elas são sempre lucro. E a parir do momento em que a gente tem algum tipo de pretensão a coisa tende a 'degringolar'. A gente fica muito sério, se cobra demais e não funciona. Parece que o prazer fica secundário. Não sei bem explicar.
Quando você disse que se ilude e desilude com a mesma facilidade eu me reconheço bastante em sua fala. Comigo acontece exatamente o mesmo. Talvez por haver ainda alguma ingenuidade idiota, ou qualquer traço de esperança besta. De alguma forma eu sou do tipo que não aprende com os erros, porque sempre tento enxergar as circunstâncias que estão a minha frente de maneira singular. De qualquer maneira, acho seu otimismo louvável. Acho que no meu realismo, que muitos tendem a apressadamente chamar de pessimismo, existe também muito de otimismo.
Para terminar os comentários sobre sua fala, o importante é exatamente o percurso e não a chegada. Ali que a coisa cristaliza.
Bem, agora para finalizar meu comentário, não acho que você tenha escrito demais nem viajado demais. O espírito da coisa é justamente falar o que passa pela sua cabeça. Nem sempre a gente pode dizer tudo; nem sempre consegue dizer tudo. Mas dizer é sempre um bom exercício. É quando a gente fala que o mundo parece que ganha materialidade. E verdade seja dita, por mais que a gente diga muito nunca consegue dizer tudo e da maneira como devia ou gostaria. O que eu quero dizer com tudo isso é que você pode ficar a vontade nesse espaço para trazer suas questões, ok? Se quiser mais privacidade, basta caçar meu e-mail em algum dos comentários em posts anteriores. Você quem sabe!
De minha parte prometo fazer a troca: sempre que achar necessário comentarei seus textos em seu blog, ok?
Obrigado pela força! Mas viver é exatamente essa coisa estranha. A gente nasceu pro conflito, então temos que aprender a lidar com ele, por mais que não seja fácil. Espero daqui que você consiga lidar com os seus conflitos também!
Beijos e até uma próxima!
olá, Guilherme!
tenho hábito de comentar sem esperar resposta mesmo. até porque muitos não respondem... escrevo há anos, algum dia até quis diálogo, sim, mas hj é mais pra dar um toque, mostrar que gostei, que estive, que li e tirei alguma coisa disso.
parece que concordamos quanto à paz X caos... um sem o outro seria entrar de cabeça da previsibilidade. that's it.
álvaro de campos é o mais jovem dos heterônimos famosos de Pessoa.. o mais confuso com as ilusões do mundo moderno. não vou negar que ele é o que mais gosto também, tem aquela coisa da identificação, aquele lado histérico dele que seria impossível pra nós no mundo real... Pessoa morreu sem achar o que queria, mas na procura dele muitos já se iluminaram. espero que seja assim com você, esse 'conforto' ao colocar-se junto ao álvaro. catarse? rs
esperar demais é de um sofrimento terrível. é como tentar caminhar na areia movediça. sempre tem um jeito de sair de onde estamos, e para isso só deixando de focar nos resultados das esperas. temos a tendência de acreditar que temos um futuro onde todas as coisas boas estão escondidas... mas o que será do dia de hoje? vivo um dia de cada vez, pra não surtar. desenvolvo fugas se me forçam a aguardar tempo demais. pode parecer fraqueza, e talvez seja. mas é assim que não enlouqueço. agindo sempre, pra nunca me sentir nas mãos de outrem.
entendo o que vc diz sobre 'experiências singulares'. e é verdade; tudo é singular. a questão é que nem sempre nossa ingenuidade ganha todas as causas. aliás, ela freqüentemente perde - porque não é só questão de crer,vc precisa crer naquilo que tem chances de adequar-se, de crescer, de progredir. senão, a ingenuidade é o caminho mais curto pra uma auto-condenação. ser crédulo é bom, desde que se tenha um certo faro pra desiludir-se com o que é passageiro. e então cultivar as coisas que realmente ficam. as que valem.
agradeço o incentivo a falar... mas eu desaprendi a falar muito. é estranho pra mim - continuo pensando bastante, mas na hora de falar/escrever vem uma espécie de freio, uma trava que censura muito de mim mesma no meu discurso.
rapaz, vou fuxicar seus comentários anteriores não... rs. se quiser respostas mais rápidas, meu e-mail tá lá na minha página, no topo (lado esquerdo). à vontade.
=*
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