Grita que ama, que quer, que deseja. Grita, porra!
Ousa dizer o indizível que tanto te angustia.
Mostra, sem medo, que tem algo dentro desse corpo.
Não fale apenas, diga. E diga que seu coração arde, que o tempo está parado.
Poxa vida, apenas diga qualquer coisa que diga o que você sente.
Diga o trivial, que não se deixa esquecer, que se faz questão de lembrar.
Diga que o silêncio também incomoda, que a distância tortura e que o choro maltrata.
Por favor, apenas diga.
Tira as caixas do lugar, cria movimento.
A verdade se esconde dentro do cimento. Quebra o cimento, admita. Isso mesmo: admita.
Diz do sonho, diz de tudo, diga, diga, apenas diga.
Coloca o peito na frente da bala. Não importa o estrago. Aliás, estrago é colocar o colete. Estraga o coração que precisa da bala para bater.
Se nada vale a pena, ao menos diga.
domingo, 4 de maio de 2008
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