segunda-feira, 22 de junho de 2009

Oi, Freud!

Cena 1

Depois de um atentado mortal – um velho louco queria colocar abaixo a casa onde estávamos eu, meu irmão e um primo -, exatamente no momento seguinte outro – igualmente ou mais ainda mortal:

- ‘X, é você?!’, digo espantado com seu rosto notadamente envelhecido e maltratado.
- Sim, sou eu Guilherme. Eu posso usar a internet? É que eu preciso fazer uma encomenda de doces para meu casamento.

Penso comigo: bingo! Ganhei a aposta!


Cena 2


Ganho um presente de um primo – duas mini traves de futebol e uma bola de plástico. Quando vou retirá-lo, avisam-me – não faço a mínima idéia de quem seja tal pessoa: cuidado apenas para não cair no buraco. Bem, não cai, de fato: o buraco me engoliu. Junto com o presente, um bilhete de X.

Corte-Fluxo.

No telefone X diz que morou por 11 meses com um rapaz de Santo André (?!) e que ele dizia muitas coisas que eu a havia dito antes. ‘Por conta disso’ - uma ótima causalidade sem causa -, ela tinha colocado uma carta no último domingo contendo um poema que tinha escrito para mim.


Cena 3


- Não tá vendo que ele ainda gosta de você? Olha a cara fechada dele.
- É verdade?
- Você pode até não gostar de mim, X, mas isso não me faz deixar de gostar de você mesmo assim. Pelo menos esse direito eu tenho!


Cena 4


- Dizem que ela mora num lugar todo cagado.
- O que ela cagou foi o meu coração (risos).

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