sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Pequeno diálogo.

- Sabe, no meio de todas essas suas histórias existe uma coisa muito nítida que ou você ainda não viu ou então não quer admitir.
- O que?
- Isso é você quem precisa descobrir por si mesma. Se eu te dissesse aqui, agora, com certeza você não iria acreditar.

15 comentários:

Anônimo disse...

Mas vc não diria. Não diria nada que ajudasse objetivamente alguém. No máximo faria um belo poema, depois entraria na rede pra conversar com seus 'pares', e se chovesse, e alguém te falasse da chuva, diria 'eu sei'. E desligaria o telefone.


Boa noite, menino.

Where I'm Anymore disse...

Tudo bem, Renata. E qual seria a graça, então? Qual a graça de se viver uma vida virtual e ficar reclamando dela? O problema é que realmente você não me conhece o suficiente para dizer essas coisas.

Eu não diria por um simples motivo: já disse. É aquela velha história: 'nem sempre falo o que realmente quero dizer; quando digo, não acreditam'.

O que eu quero dizer é que existem circunstâncias em que não adianta falar para uma pessoa algo que está bem diante do nariz dela. Não adianta, por exemplo, dizer: 'olha que gozado! Você não percebeu que durante as suas andanças malucas sempre procurou por mim!'. Não é nem o fato de soar prepotente ou qualquer coisa do tipo, mas sim, da necessidade do outro ter essa consciência. Se a ficha não cai, se acaba por se negar, não sou eu efetivamente que vou convencer ninguém, nem que eu tenha os melhores argumentos.

E mais: não sou imune a isso. Porque já deixei de ver e até mesmo neguei sentimentos. Só que chega um ponto para mim que negar o que eu sinto se torna algo impossível. E aí eu faço uma 'besteira qualquer' que justifique o 'amor' que eu sinto e que tem menos a ver com internet e mais com carne.

De duas uma: ou você conheceu alguém totalmente imobilista e quer me igualar a esse alguém mesmo sem me conhecer direito; ou então todas essas posturas que você aponta em mim, na realidade, dizem muito mais de você.

O 'telefone' (entendido de maneira geral) está ligado e frequentemente eu ligo. Só que cansa, Renata, ter sempre que tomar a dianteira das situações; sempre ter que correr atrás, lembrar, etc.

Estou esperando pela sua ligação. O telefone você consegue fácil com alguém que me conheça.

Where I'm Anymore disse...

Mais duas coisas, Renata:

1) Não me peça para explicar como, mas hoje eu sonhei com você. Era uma mulher bonita, um pouco mais velha, calculo eu na faixa de 27, 28 anos. O mais estranho é que minha mãe estava do lado quando você vinha me 'agarrar'. Depois achei mais estranho que você parecia com minha mãe, mas mais nova.

2) Ontem quando eu voltava da faculdade, estava ouvindo música quando uma menina veio falar comigo. Ela me perguntou se o '9502' (número da linha) passava no ponto em que eu estava. Eu disse que sim! No momento seguinte, eu disse a ela que o ônibus havia acabado de passar por ali. Aí ela me disse que iria para o ponto dela, pois não queria ficar parada. Não sei porquê, lembrei de você nessa hora. Eu me despedi dela, que partiu. Foi quando eu 'me lembrei' - tardiamente - de dizer para ela tomar cuidado com a chuva. Isso mostra duas coisas, Renata, que eu nunca escondi de ninguém:

1) Eu não tenho 'timing' nenhum;
2) Se eu escrevo, se mando e-mails, cartas, etc, é porque eu só consigo esse 'timing', só consigo dizer tudo o que eu sinto de verdade, completamente, através das palavras escritas. Não deixa de ser uma 'forma de controle', ao passo que ela nada tem de artificial. Eu sempre quero dizer - verbalmente, de maneira falada - tudo, mas não consigo dizer nada. Eu travo. Só que isso não quer dizer que não exista, que eu não goste. E parece ser algo dificil de quem está de fora, entender.

Anônimo disse...

essa confusão toda me cansa muito,
queria sua presença direta, tenho coisas pra te perguntar que poderiam me ajudar em movimentos mais reais, que já tinha quase desistido de fazer. Te entendo mais do vc imagina (aliás, acho que nós dois imaginamos pra cacete, e isso nada tem de errado ou ruim, muito pelo contrário).
Vamos achar caminhos, vc vai ver...

do jeito q vc conseguir
do jeito que eu conseguir

ninguém domina o TEMPO
é preciso conversar com ele...

ninguém domina o OUTRO
...

só te peço pra não me colocar
em ambiguidade em relação a ter
outra mulher com quem vc fala aqui... fale dela, ou com ela, em outro lugar... ou fale comigo em outro lugar
não estou dizendo pra fatiar seu coração, pra não gostar de outras mulheres, pra não dormir com outras mulheres... isso seria uma bobagem

mas tente não me misturar com elas, pelo menos não aqui.

vc falou em algum lugar lá atrás que não pode dizer que o seu coração está livre. O meu, de certa forma, tb não está. Busquei movimentos prá me sentir mais aberta, mais disponível, mas tudo isso é complicado pra caramba. A grana não dá, a vida escolhida, com mais gente em volta, não é simples nem nos deixa livres pra fazer tudo o que desejamos, pra seguir livremente os impulsos que, no fim (eu sei q vc pensa assim e até entendo que em parte tem razão) são a nossa energia para a vida, para o aberto. Mas não seguir todos os impulsos não significa não desejar ou não amar.


não vou ficar falando um monte,
nem adianta. Vou aceitar os canais
que vc abrir pra mim, e não vou ficar longe de você. E o que vier daí, se depender do que eu sinto por vc, não tem como não ser bom...

só não me faça sentir enciumada.
pq isso eu não controlo, eu me defendo, eu agrido. E sei que isso tb é humano. Mas não creio que nos ajude, não acho que seja o melhor que tenho pra tentar dividir com
você ou com ninguém

um beijo

Anônimo disse...

só um esclarecimento a mais:

--quando falo em movimentos mais reais, em gostar de ter sua opinião, tem principalmente a ver com trabalho, Guilherme. Pq sem trabalho é impossível para uma pessoa como eu se situar no mundo

--falei sobre aceitar os canais que vc quiser abrir pra nos conhecermos mais, e é verdade. Mas não vou insistir naqueles que vc fechar.

Anônimo disse...

não adianta tentar me abrir ou ser objetiva.vc se divide de novo e me faz sentir dor.me provoca, tenta me definir, me encerrar numa historinha de 23 lados, qdo eu tenho um pouco mais que isso. fecha uma válvula da bomba e abre outras três. e me deixa falando sozinha aqui, qdo parece ser o último lugar, entre os seus espaços, em que ainda posso tentar te entender melhor.me entender melhor. não sei o seu telefone. e se soubesse, vc atenderia e diria: 'oi, tudo bem? me dá um minutinho?' E minutos depois: 'sinto muito, moça. Mas aqui não tem mais telefone.'


já deu pra perceber que hoje não tô legal, né? mas seu silêncio diz claramente que não é aqui o lugar pra pedir qq ajuda.

Where I'm Anymore disse...

Já disse a você, Renata, que sempre irei responder aos seus comentários. Não respondi antes exatamente por falta de tempo ou por falta de consideração, mas simplesmente por não estar suficientemente bem hoje para formular alguma resposta minimamente decente.

Eu acho legal como você supõe tanta coisa de mim, menina, como por exemplo: 'mas se soubesse ia fazer assim ou assado'. Provavelmente eu iria ficar timido, mas poderia te escutar por horas e horas. Não iria desligar nem fazer nenhuma grosseria. Pelo contrário: iria te escutar com toda a atenção que eu tenho. Não tenho timing pra telefone. Aliás, não tenho timing pra vida, de maneira geral.

Outra coisa: nunca fechei nenhum canal pra você. Pelo contrário: abri alguns, que você não quis entrar.

Não exijo nada de você. Aliás, nunca exigi nada de ninguém. A verdade é que eu sempre me afeiçoei pelo carinho que me davam. E pra variar, ninguém entendeu isso.

E eu estou aqui para te ajudar no que você precisar.

Beijos!

Anônimo disse...

espero que vc melhore.
tb nem passa pela minha cabeça
exigir nada de ninguém.


bjs

Where I'm Anymore disse...

Nessas últimas semanas eu me pus a fazer algo que me desgasta, menina, por isso não estou bem. Invariavelmente existem algumas circunstâncias que me fazem fazer um balanço geral das minhas ações, posturas, medos, desejos. E estou nessa fase do balanço. O saldo, pra variar, é negativo. Algo como aquele poeminha do Leminski: 'Vazio Agudo, Ando Meio Cheio de Tudo'.

Acho que por enquanto é isso.

Beijos.

Anônimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=kNBduiCfzxg

toh melhor...
fica melhor.
:)

Anônimo disse...

cansada, cada vez mais,
da distância e da confusão.
mas caminhando. me movendo.
fazer balanço e chegar ao
zero? vc deve estar contando errado,esquecendo coisas pelo caminho. (estava assim tb anteontem, mas o movimento ajuda a ver outros ângulos, encontrar pessoas que ainda gostam de pensar, sentir e ouvir e trocar, bem diferentes da gente e delas mesmas, mas não conheço quem não seja assim).
Lembranças a Clarice e a P, mas devo confessar que não entendi nada e está complicado e cansativo demais pra mim. Outro 'level' (rs).

que pena que a música improvisada
e a bagunça das pessoas
no palco, ao que parece, não te tocou. a mim me toca. e muito.

bjs

Anônimo disse...

não te 'tocaram'...
português incorreto.
na pressa, acontece.

;)

Where I'm Anymore disse...

Olá menina!

Antes de mais nada, não precisa ficar se preocupando com nenhuma convenção gramatical, afinal, não sou professor de português e o que me importa é a comunicação por si mesma - e eu te entendi perfeitamente, diga-se de passagem.

Sobre o saldo, enfim, existem algumas coisas que invariavelmente martelam a minha cabeça nesses momentos nebulosos que tendem a colocar a balança no lado negativo. Sei que existem sempre ângulos a serem observados e que eu, até mesmo por ser demasiado dramático, acabo exagerando um bocado. Em todo caso, há algumas coisas nesse caminho, como disse há pouco, que me doem um bocado.

Quanto a música, Renata, quando abri o video aqui em casa de tarde, realmente a primeira impressão foi mesmo de uma 'salada' porque eu realmente não entendi o que o Walter Franco estava cantando. Aí fui então até um site de letras e procurei por ela, que achei bem singela, bonita de sua parte.

Em todo caso, infelizmente continuo sem muito ânimo e tenho tentado me ocupar com as burocracias da minha vida, que é o que me resta por cá.

Fico contente que você está melhor!

Um beijo,

Guilherme.

Anônimo disse...

vai fundo então na burocracia da sua vida, Guilherme!
quem sabe sai algo legal daí, não?
e que vc não é professor de português eu sei, e também não sou... muito menos seria professora de literatura e fugiria de qq professor de lógica, pelo menos hoje, hoje fugiria.
E sei que o seu negócio é a comunicação. Isso tenho que reconhecer, vc seria o primeiro a tentar um exercício q eu acho quase revolucionário:

1) eu te vejo
2) vc me vê
1) eu digo aloh
2) vc responde aloh, sem me surpreender com um: 'minha sra., fale mais baixo que eu sou cego!! não, não minha sra., aqui nunca teve telefone'

1)vc ouve minha voz
2)eu ouço a sua voz

1)vc vê os meus olhos
2) eu vejo os seus olhos

e dizemos: 'é bom isso.'
e nos despedimos:

1) 'Boa noite.'
2) Boa noite, amigo.


realmente a música que te mandei está numa gravação suja e confusa.
como os meus olhos.

se vc não se emociona,
se eu não me ecomociono,
é isso que temos. Conversa vazia. Janelas sujas. Olhos vazios.

bjs

Anônimo disse...

não é fácil conversar
contigo. mesmo pra quem
muda de letra e de nome
há tempos, e então não teria como
se 'importar' com sobrenome.

o que me aflige são
os muros. as cercas.

e assim como vc
não quer, tb não quero
ser a vida toda uma
interrogação. tento
clarear perguntas e
respostas.

queria mandar uma
música mas não tem
no youtube.
-------------------------------
não é pela letra.
a música me faz sentir
perto de você.

'This time it's found you
You turn around you turn around you turn
around you turn around
And I'm beside you
Beside you'

bjs