Ninguém desvendará o Mistério.
Nunca saberemos o que se oculta por trás das aparências.
As nossas moradas são provisórias, menos aquela última.
Não vamos falar, toma o teu vinho.
O mundo gira, distraído dos cálculos dos sábios.
Renuncia à vaidade de contar os astros
e lembra-te: vais morrer, não sonharás mais,
e os vermes da terra cuidarão da tua carcaça.
Bebe o teu vinho. Vais dormir muito tempo
debaixo da terra, sem amigos, sem mulheres.
Confio-te um grande segredo:
As tulipas murchas não reflorescem mais.
Homem ingênuo, pensas que és sábio
e estás sufocado entre os dois infinitos
do passado e do futuro. Não podes sair.
Bebe, e esquece a tua impotência.
(Rubaiyat, Omar Khayyam)
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
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Um comentário:
texto que, por sinal, é plágio do bíblico "eclesiastes..." rs
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