domingo, 2 de maio de 2010

Penalidade máxima.

E de repente voltamos ao começo, embora todo recomeço nunca seja exatamente um início propriamente dito. As desproporções imperfeitas estão todas lá com uma única diferença: dessa vez realmente existem para além da pura imaginação. Não há como deixar de rebobinar o vídeo: a gargalhada fatal ainda consta no compacto. A circularidade da vida me instiga. Como não ficar atônito ao ver o mesmo gol no replay? Está lá, a mesmíssima trajetória parabólica da bola a sair dos pés de diferentes cobradores. Eu, por minha vez, permaneço no gol pulando no canto errado.

O presente pede passagem. O juiz coloca novamente a bola na marca do pênalti. A cobradora toma a distância, sorri, e vem em direção a bola enquanto, concentrado, estou novamente a um centésimo de segundo da decisão...

(É na hora das penalidades que os grandes goleiros se mostram).

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