quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Pós-Morte.

Não, não se trata de uma ressurreição ou de qualquer resquício de arrependimento, muito embora eu sempre esteja em cima da linha do arrependimento, do medo das minhas escolhas - que em última instância são infundados, afinal, levam sempre ao mesmo lugar. No entanto, esse post se faz totalmente necessário como um fecho importante de todo o momento que a duração deste blog registrou. No meio da adaptação teatral de Aqueles Dois do Caio Fernando Abreu promovido pela Companhia Luna Lunera, há um momento - ao meu ver o mais tocante - em que a esmo, sem motivo aparente é declamado o seguinte texto:

As pessoas reclamam que eu transformo em palavras todo o meu processo mental, “processo mental”, é assim que eles falam, e eu acho engraçado. E que isso assusta as pessoas, que é preciso disfarçar, enganar, mentir, esconder e eu não queria que fosse assim. Queria que as coisas fossem mais simples, mais claras, mais limpas.

E o ator diz: “Caio Fernando Abreu, Carta pra além do muro, página 249. Eu não lembro o nome do livro, da edição, mas a página eu nunca esqueci. Página 249”.

***

Agora continuamos com a programação normal direto do túmulo.

Um comentário:

Anônimo disse...

vc é um bobo.
e eu bebi.
e adorei a
dança dos dedos.


mais que tudo
é importante
pra mim que vc
aprenda a viver.
e eu tb.


bjs